Tuesday, March 08, 2005
Canção do rude enlevo
Bricavamos de lutar, de nos ferir com a força de nossos desejos. De dominar-nos, um ao outro, com músculos ou aninho. Brincavamos dizer verdades como se nada fossem e isso nos tornava tão leves. Brincavamos então de sobrevoar noturnamente a massa viscosa em seu momento de resfriamento. Brincavamos até de viver de um jeito nosso, onde o momento era incrivelmente lúcido e prazeiroso ao mesmo tempo, negando assim tudo o que até então nos havia sido ensinado. Como o tão bom poderia estar tão presente sem ser viagem, sonho ou ficção? Tudo o que até então era escape, era agora presença.
Cahê, de volta!!
Cahê, de volta!!