Thursday, December 16, 2004

 

caso de emergência

Poema em três fôlegos e/ou Aquela flor ainda vive...

Distraído, procurava por mapas
nas solas dos pés de alguém
que me via de viés,
de um ângulo por mim desconhecido...
as palmas das mãos belos papiros,
que ao me tocarem seus grãos
e semearem meus ouvidos
com seu alento, seus gemidos,
seus lábios tão sensíveis
borbulharam em mim achados imperdíveis...




Ao pesar dos pisares e/ou Poema de um fôlego só

Ainda distraído...
e o mesmo alguém passava, pisava,
pesava e dizia
“Não gosto de te(me) ver assim.”
(agora com um olhar impassível),
por isso retiro com cuidado meus olhos de vidro impossível,
os a r r e m e s s o ao chão,
espatifando-os também contra o muro, esse algo ENTRE,
que outrora foi espelho (me recebia DENTRE!)
mas tornou-se fosco, embaçado, escuro e grotesco,
embalsamado em reboco e cimento fresco,
saliva dura e empedrada,
amálgama de mágoa de olhos que eram d’água,
hoje pupilas-buraco, escuro formigueiro, saco
pesado de areia,
c
a
c
o ...

EM CASO DE EMERGÊNCIA QUEBRE O VIDRO... de seus olhos...
EM CASO DE EMERGÊNCIA USE AS ESCADAS... da garganta...




por João Victor... sei lá por quem...

Comments:
PAFT!!!SOC!!!POOW!!!
FIGHT CLUB JUST BEGAN!!!

TÔ DENTRO!
Ana...pode vir quente que eu estou fervendo...
 
Post a Comment

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?